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sentada nas escamas da barriga do olho do peixe tento, com cuidado, - para não ficar presa na peganhenta perspectiva translúcida-, encontrar um lugar de onde os abutres não me consigam cheirar... mas que eu consiga sentir a formação de partículas que se acumula em mim e transborda em ti. espero. nunca é em vão. aguardo enquanto os abutres iniciam os seus guinchos peculiares no ritual do quem-não-sabe-o-que-há-de-dizer. inspiro.expiro.a calma apodera-se do meu plástico e acalmo ao ver o contraste das cores frias que rebentam. só mais um bocadinho... e eeles riem.. riem num festival só deles.fico à espera. só mais um bocadinho. riem tão alto. estamos quase cheios. riem...riem.. só mais um bocadinho, está quase a chover.
1 comentário:
Entre o outro lado do espelho e a barriga do peixe encontramos as verdades que nem sempre queremos ver... está a chover!!! ;)
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